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Andreense Renan Oliveira, ex-jogador do S.Bernardo, deixa Ucrânia e chega ao Brasil

Outros atletas brasileiros de times como Zorya , Shakhtar e Dínamo também deixaram a área de conflito e voltaram ao País

  • Andreense Renan Oliveira, ex-jogador do S.Bernardo, deixa Ucrânia e chega ao Brasil.
    Foto: Reprodução/Instagram
  • Por: Redação
  • Publicado em: 01/03/2022
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Outros atletas brasileiros de times como Zorya , Shakhtar e Dínamo também deixaram a área de conflito e voltaram ao País

jogador renan oliveira

Andreense Renan Oliveira, ex-jogador do S.Bernardo, deixa Ucrânia e chega ao Brasil. Foto: Reprodução/Instagram

 

O andreense Renan Oliveira, ex-jogador do EC São Bernardo, chegou ao Brasil na manhã desta terça-feira (01/03), e desembarcou no aeroporto de Guarulhos (SP). O atleta estava jogando no time Ucraniano Kolos Kovalivka, e desde o início dos conflitos armados entre o Ucrânia e Rússia, ele tentava contatar as autoridades brasileiras para pedir ajuda e deixar as zonas de conflito no país do leste europeu.

Além de Renan Oliveira, outros atletas e seus familiares chegaram ao Brasil nesta terça, no entanto, alguns deles tiverem que fazer escalas em outros países Europeus antes de chegarem ao país. Alguns atletas e funcionários dos times Shakhtar e Dínamo saíram da capital Kiev, porém, mesmo com a ajuda da embaixada, os brasileiros tiveram de ser divididos em dois grupos. Enquanto uns foram para Romênia outros se deslocaram até a Moldávia. Antes disso, haviam ficado em um bunker de um Hotel na capital ucraniana até conseguirem partir para os outros países e pegarem os voos para retornarem para o Brasil.

Alguns jogadores como Guilherme Smith, Juninho Reis e Cristian Dal Bello não conseguiram chegar ao Brasil ainda, porém já conseguiram cruzar a fronteira e deixar a zona de conflito ucraniana. Eles chegaram à Polônia nesta terça-feira (01/03). Os atletas demoraram cerca de três dias até conseguirem deixar a Ucrânia. Juninho estava acompanhado da mulher e do filho Benjamin de 3 anos de idade.

Mais dois atletas desembarcaram no Brasil, só que dessa vez desceram no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro:  Marlon Santos, do Shakhtar Donetsk, e Bruno Ernandes, do Hirnyk-Sport, também conseguiram deixar Ucrânia após cruzarem a fronteira romena, e a partir da capital Bucareste. Logo depois fizeram uma escala em Paris e por fim conseguiram chegar ao seu destino final que era o Brasil.

Também chegaram ao Brasil na manhã desta terça os jogadores de futebol Pedrinho e Maycon, que atuam no time Shakhtar Donetsk, da Ucrània. Os dois tentavam sair do país desde o início dos ataques das tropas da  Rússia. Eles desembarcaram no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

Maycon expressou o alívio por chegar ao país natal, junto com sua família. “Graças a Deus. Foram momentos difíceis com muitas famílias. É um momento de alívio e felicidade poder encontrar todos. Os meninos [outros jogadores que ainda estão na Ucrânia] vão conseguir chegar bem também”, disse.

Maycon disse que o aviso da Embaixada do Brasil sobre o trem que sairia da Ucrânia foi dado com pouca antecedência, o que gerou uma corrida contra o tempo para reunir as famílias. “A embaixada deu a opção de um trem, e no desespero decidimos sair rápido. Esse trem sairia às 16h e já eram 15h, então tivemos que acelerar todo mundo com criança com tudo e conseguimos chegar. Depois de 17 horas de trem e mais umas 15 horas de ônibus conseguimos passar a fronteira da Moldávia e depois a Romênia”, disse.

Segundo o jogador, quando todos estavam dentro do bunker (abrigo subterrâneo) não era possível ouvir todos os ruídos, mas quando era necessário sair, os ruídos se evidenciavam. “É um alívio ver a família, mas estou angustiado porque tem muita gente lá ainda. Éramos 40 brasileiros e dois uruguaios. Tem muito brasileiro lá ainda e cada vez está pior e mais perigoso. Não sei o que vai ser”.

Pedrinho disse que não acreditava mais que conseguiria sair do país, já que o hotel onde estavam alojados fica no centro de Kiev, capital da Ucrânia, e onde as tropas russas já avançavam. “Eu não via mais saída para nós porque falavam que já estava ao redor. Eu tinha muito medo da minha família não sair bem. Meu medo era não conseguir sair de lá e não poder ficar por muito tempo”, disse.

(Com Agência Brasil)