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Alaíde deve demitir secretário indicado por Atila e dispensar terceirizados

Viana, antigo aliado da família Jacomussi, deve deixar Secretaria de Planejamento; vereadores da bancada de sustentação indicarão nome

  • MP de Mauá questiona Prefeitura sobre prédios públicos sem alvarás.
    Foto: Divulgação
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 27/06/2018
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Viana, antigo aliado da família Jacomussi, deve deixar Secretaria de Planejamento; vereadores da bancada de sustentação indicarão nome

Paço de Mauá anda em crise com racha entre grupos. Foto: Divulgação/PMA

A prefeita interina, Alaíde Damo (MDB), deve demitir até sexta-feira (29/06), o secretário de Planejamento, José Viana Leite, antigo aliado da família Jacomussi. Se a exoneração foi confirmada, será o primeiro secretário indicado pelo prefeito afastado, Atila Jacomussi (PSB), a entrar na linha de corte da emedebista. Alaíde também planeja demitir vários funcionários terceirizados para enxugar a máquina. Também há suspeita de que alguns não aparecem com frequencia para trabalhar.

José Viana já foi assessor do vereador Admir Jaomussi (PRP), atual presidente da Câmara, durante vários mandatos e também trabalhou no gabinete de Atila quando era parlamentar na cidade. A relação é tão próxima que Viana foi superintendente da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá) na gestão do ex-prefeito Donisete Braga (Pros) por indicação da família Jacomussi.

O ABCD Jornal apurou que existe um descontentamento de alguns vereadores quanto ao desempenho do secretário. Com a nova composição que está se formando na Câmara por conta do governo interino, alguns parlamentares indicarão o nome para comandar a Secretaria de Planejamento. Atila está afastado do cargo pela Justiça porque a Polícia Federal flagrou em sua casa R$ 87 mil. Para a PF, a quantia é fruto da lavagem de dinheiro. Atila, que ficou preso por 37 dias, nega. 

O presidente da Câmara, Admir Jacomussi, disse que considera as mudanças que a prefeita vem fazendo desnecessária pelo momento que o município vive. De acordo com o chefe do Legislativo, quando Alaíde assumiu, ficou definida a criação de um Conselho composto por três membros ligados ao grupo ligado a Atila e três indicados pela emedebista. “Infelizmente, o conselho não foi colocado em prática. São precipitadas essa ações bruscas”, disse Jacomussi.

O racha entre os grupos é visível e até as fechaduras do gabinete da prefeita foram trocados no fim de semana. O grupo de Alaíde reclama de falta de privacidade em determinadas situações. De acordo com aliados da emedebista alguns indicados de Atila chegavam a entrar na sala da prefeita sem serem anunciados.

Terceirizados

A prefeita Alaíde também planeja demitir funcionários terceirizados. A gestão interina observou que, além de um inchaço da máquina, foi detectado que alguns contratados não aparecem para trabalhar com frequencia, de acordo apurou a reportagem junto a integrantes do primeiro escalão do governo.