ABCD suspende vacinação contra Covid para gestantes
Prefeituras afirmam que acataram recomendação da Anvisa para não aplicar o imunizante Astrazeneca/Oxford
- Gestantes e puérperas imunizadas com AstraZeneca tomarão Pfizer na 2º dose.
Foto: Agência Brasil
- Por: Gislayne Jacinto
- Publicado em: 11/05/2021
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Prefeituras afirmam que acataram recomendação da Anvisa para não aplicar o imunizante Astrazeneca/Oxford
Os municípios do ABCD acataram a determinação imediata da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e suspenderam a vacina Astrazeneca/Oxford para gestantes, que seria aplicada a partir desta terça-feira (11/05).
De acordo com a Anvisa a suspensão é “resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país”.
Ainda segundo a nota, “O uso ‘off label’ de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente. A bula atual da vacina contra Covid da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica”. Finaliza.
A Secretaria de Saúde de Ribeirão Pires foi a primeira a suspender e disse que aguarda novas orientações do Ministério da Saúde com relação a imunização desse público prioritário.
A Prefeitura de Santo André, por meio da Secretaria de Saúde, informou que também suspendeu a vacinação de gestantes com comorbidades contra a Covid-19, que estava prevista para ter início nesta terça-feira no drive-thru do Paço Municipal. “A vacinação de todos os outros grupos segue normalmente em Santo André”, informou.
A vacina foi desenvolvida pela farmacêutica anglo-sueca em parceria com a Universidade de Oxford e, no Brasil, ela é produzida pela Fiocruz. Em alguns estados brasileiros, o imunizante vinha sendo usado em grávidas com comorbidades.
A recomendação orientação da Anvisa é que seja seguida pelo Programa Nacional de Imunização (PMI) a bula da vacina, que não indica a aplicação em gestantes. A agência afirmou, sem citar casos específicos, que a decisão é resultado do monitoramento constante de eventos adversos das vacinas contra covid-19 no país.
A Anvisa ainda afirmou que a bula da vacina da AstraZeneca não recomenda o uso da vacina sem orientação médica. “O uso ‘off label’ de vacinas, ou seja, em situações não previstas na bula, só deve ser feito mediante avaliação individual por um profissional de saúde que considere os riscos e benefícios da vacina para a paciente”, afirma nota técnica emitida pela agência.
Com a recomendação da Anvisa, agora apenas as vacinas Coronavac e da Pfizer-Biontech podem ser aplicadas em grávidas no Brasil.
Morte em investigação
O Ministério da Saúde investiga a morte de uma grávida no Rio de Janeiro após vacinação com o imunizante da AstraZeneca. Um segundo caso teria acontecido na Bahia. “Cabe ressaltar que a ocorrência de eventos adversos é extremamente rara e inferior ao risco apresentado pela Covid-19. Neste momento, a pasta recomenda a manutenção da vacinação de gestantes, mas reavalia a imunização no grupo de gestantes sem comorbidades”, disse o ministério.
A Prefeitura de São Paulo também suspendeu a vacinação grávidas com comorbidades, que deveria começar a ser feita nesta terça-feira, conforme calendário da gestão estadual.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, a capital paulista não tem doses das vacinas da Pfizer e CoronaVac, os outros dois imunizantes usados no país, para manter a vacinação de grávidas. Ainda não há previsão de quando elas poderão ser vacinadas.