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ABCD se aproxima de 2,7 milhões de habitantes, aponta Censo

Dados indicam crescimento de 5,6% em relação ao último levantamento, realizado em 2010

  • ABCD se aproxima de 2,7 milhões de habitantes, aponta Censo.
    Foto: Divulgação/Consórcio ABC
  • Por: Gislayne Jacinto
  • Publicado em: 29/06/2023
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Dados indicam crescimento de 5,6% em relação ao último levantamento, realizado em 2010

população do ABCD na rua

ABCD se aproxima de 2,7 milhões de habitantes, aponta Censo. Foto: Divulgação/Consórcio ABC

 

A região do ABCD alcançou a marca de 2.696.530 habitantes, segundo o Censo Demográfico 2022 divulgados nesta quarta-feira (28/06) pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE). Os números indicam crescimento de 5,6% em relação ao levantamento realizado em 2010, quando a região somava 2.551.328 moradores.

Conforme os dados, São Bernardo do Campo segue como a cidade mais populosa da região, com 810.729 habitantes, seguida de Santo André (748.919), Mauá (418.261), Diadema (393.237), São Caetano do Sul (165.655), Ribeirão Pires (115.559) e Rio Grande da Serra (44.170).

O total de habitantes da região veio abaixo das projeções anteriores do IBGE. A última prévia, divulgada em dezembro do ano passado, apontava 2.725.209 moradores no Grande ABC. Em agosto 2021, a estimativa era de 2.825.048 habitantes.

Por lei, o Censo deve ser realizado a cada dez anos. A pesquisa realizada pelo IBGE faz uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. O estudo permite traçar um perfil socioeconômico do país, pois conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.

A última edição havia sido realizada em 2010. As entrevistas para a produção do Censo atual deveriam ter sido realizadas em 2020, mas foram suspensas devido à pandemia do coronavírus.

Em abril de 2021, o Governo Federal anterior informou que o Orçamento daquele ano não reservava recursos para o Censo, o que levou ao anúncio cancelamento da pesquisa. No mês seguinte, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela obrigatoriedade da realização do levantamento em 2022. A pesquisa, no entanto, não foi concluída no ano passado, e a divulgação ficou para este ano.

“O Censo avalia realidade demográfica e socioeconômica do país, com grande destaque para municípios. Os dados são fundamentais para orientar as políticas públicas do Grande ABC, especialmente as políticas sociais para nossa população, assim como o planejamento da gestão e dos orçamentos”, afirmou Marcelo Oliveira, presidente do Consórcio Intermunicipal.

Maior crescimento absoluto

A população de Santo André cresceu 10,72% entre 2010 e 2022, segundo informações do Censo Demográfico 2022 divulgado   pelo IBGE. Santo André foi o município com maior crescimento populacional absoluto da região. O acréscimo foi de 72.512 pessoas. A população total do município, segundo o IBGE, é de 748.919 moradores.

A análise dos dados foi realizada pela Gise (Gerência de Indicadores Sociais e Econômicos), da Secretaria de Planejamento Estratégico e Licenciamento.

Na região do ABC, o IBGE contabilizou 2.696.530 pessoas, 5,69% a mais que em 2010. A população brasileira somou 203,1 milhões de pessoas, crescimento de 6,5% em relação ao Censo de 2010. No Estado de São Paulo o crescimento foi de 7,7%, somando 44,4 milhões de pessoas.

Ritmo de crescimento

Os números dos Censos Demográficos realizados a partir de 1960 mostram que a população de Santo André mais que triplicou desde então. Naquele ano, moravam 245.147 pessoas na cidade.

Apenas para efeito de comparação, entre os Censos de 1991 e de 2010, a população de Santo André registrou a ampliação de 59.416 habitantes. Em um cenário de queda da taxa de fecundidade, segundo o IBGE, a expansão imobiliária aparenta ser o principal fator responsável pelo crescimento da população em Santo André nos últimos anos.

Nos últimos 60 anos o ritmo de expansão da população reduziu intensamente a cada década, especialmente no período entre 1960 e 1990. Nas décadas seguintes o ritmo de redução desacelerou.

Especificamente entre 2010 e 2022, Santo André e São Caetano foram os únicos municípios da região que apresentaram ampliação do ritmo de crescimento populacional.

A população da Região Metropolitana de São Paulo cresceu 5,38% entre 2010 e 2022, somando 20,74 milhões de pessoas. Apenas o município de São Paulo comporta uma população de 11,45 milhões.

Do crescimento de 1,05 milhão de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo, pouco mais de 50% se concentrou nos municípios de São Paulo, Osasco, Barueri, Cotia, Santo André e Guarulhos.

Diadema: segunda maior densidade do País

O IBGE constatou crescimento de 1,85% da população de Diadema em doze anos, que passou de 386.089, em 2010, para 393.237, em 2022.

As informações coletadas pelos técnicos do IBGE também apontam que a cidade do ABC paulista tem a segunda maior densidade demográfica do país, com 12.795 habitantes por km². Taboão da Serra, município localizado na Região Metropolitana de São Paulo, ficou em primeiro lugar nesse ranking, com 13.416 habitantes por km².

O Censo Demográfico é realizado, normalmente, a cada 10 anos no Brasil, mas foi feito com dois anos de atraso em função da pandemia e corte de verbas. Além de contar os habitantes do território nacional, o levantamento identifica diversas outras características da população.

Essas informações são imprescindíveis, por exemplo, para a formulação de políticas públicas e a tomada de decisões de investimentos da iniciativa privada.

Em junho deste ano, técnicos do IBGE estiveram em Diadema e elogiaram o apoio da Prefeitura durante a coleta de dados para o Censo 2022. Geraldo Carneiro, coordenador de área do Censo em Diadema, afirmou, inclusive, que o município teve um dos menores índices de rejeição aos recenseadores do Estado.

Para alcançar esse resultado, equipes da administração municipal acompanharam os recenseadores do IBGE em núcleos habitacionais e disponibilizavam equipamentos públicos para recepcionar entrevistados, entre outras medidas.

Brasil

O Censo 2022 constatou que o Brasil conta com 203 milhões de habitantes, que vivem em 90,6 milhões de domicílios. Também apontou que nos últimos 12 anos o país teve a menor taxa de crescimento anual de sua população desde que o levantamento começou a ser realizado, em 1872, de 0,52%.

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