Crime aconteceu no mesmo no dia em que agressor teria de pagar a dívida contraída há um ano; vítima tinha emprestado valores para colega quitar débitos com agiotas
A Polícia Civil de São Bernardo revelou nesta quarta-feira (06/03) o motivo que levou Alailton Soares Carlos da Silva a tirar a vida do empresário de Diadema Rogério Silva de Menezes, de 40 anos. O agressor foi preso hoje no Maranhão para onde fugiu depois de praticar o homicídio na Estrada da Barragem, no Riacho Grande. Há um ano, a vítima havia emprestado R$ 85 mil para Alailton quitar dívidas com agiotas.
Segundo a delegada seccional de São Bernardo, Kelly Andrade, os amigos tinham feito um contrato e a data para o pagamento seria 22 de fevereiro de 2024, mesmo dia em que Rogério perdeu a vida, provavelmente com uma pancada na cabeça, pois a causa da mote foi traumatismo craniano.
“O Setor de Homicídio levantou que Adailton devia uma quantia para o Rogério que emprestou para que ele saudasse dívidas com agiotas. Ele se comprometeu a pagar em um ano. Eles tinham uma relação de confiança tanto que Rogério emprestou o dinheiro”, afirmou a delegada.
O delegado do caso, Cristiano Luiz Sacrini Ferreira, afirmou que no dia em que venceria a dívida Adailton convidou Rogério a conhecer um terreno em São Bernardo. Ele afirmou ao amigo que pagaria a dívida com esse terreno. Rogério foi até o local e nunca mais voltou. Além de tirar a vida dele por meio de pancada na cabeça, ainda ateou fogo no corpo e jogou em boieiro na estrada da Barragem, em São Bernardo.
O delegado afirmou que Adailton já tinha sido ouvido, mas foi liberado em fevereiro porque naquele momento não haviam provas. No entanto, por meio de diligências foram constadas as contradições.
“Houve pedido de prisão temporária, além de busca e apreensão domiciliar e quebra de sigilo dos aparelhos de telefone e dispositivos e hoje ele foi preso em um hotel na cidade de São Matheus, no Estado do Maranhão.”, disse o delegado ao acrescentar que durante a prisão ele ainda tentou enganar a Polícia mostrando a identidade de um irmão dele que é muito parecido.
Veja vídeo da entrevista dos delegados Cristiano Sacrini e Kelly Andrade: